O nome do blog é retirado de uma estrofe do Hino da Madeira, o que indicia, desde logo, a minha matriz política de origem madeirense.

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Quinta-feira, 2 de Abril de 2009

ENTREVISTA AO DN-MADEIRA

Entrevista a Correia de Jesus
"Sócrates sai primeiro que Jardim"
Data: 08-03-2009 
 
Aos 67 anos de idade, Correia de Jesus não se sente limitado na corrida a mais um mandato em São Bento, onde já está há quase 29 anos. “Bento XVI foi Papa aos 78”, lembra numa entrevista ao DIÁRIO, onde arrasa o primeiro-ministro, que acusa de ter uma “mente vazia” e um “desígnio satânico”: Tirar o PSD do poder na Madeira.
É o deputado da Madeira há mais tempo na Assembleia da República. Quase 30 anos, é tempo de continuar ou de dar lugar a outros?
Estou pensando. É um assunto sobre o qual estou a fazer a minha reflexão pessoal e quando a questão se puser ao nível dos órgãos do PSD-M, naturalmente, já terei uma opinião formada.
Houve um voto de confiança de Alberto João Jardim há cerca de um ano aos deputados do PSD-M em São Bento. Desde então houve alguma conversa?
Sobre isso só tenho a dizer que é sempre bom ver o nosso trabalho reconhecido por quem de direito. Essa declaração teve um significado especial para mim.
Então o que o leva à reflexão pessoal? Está cansado ou sente-se ultrapassado? Com a lei da paridade, que obriga a que uma mulher integre a lista, acha que os seus colegas estão em melhores condições para aparecerem em lugares cimeiros na lista?
Não tenho nada esse sentimento. Quando estamos na política com espírito de serviço, essas questões têm muito pouca relevância. Aquilo que é, de facto importante, quando estamos na política como projecto e não como interesse, é termos ou não condições para, neste caso concreto, servir a Madeira e os madeirenses, no local que o partido acha que somos mais úteis. Nesse aspecto, mantenho a plenitude dos meus direitos e das minhas capacidades. Daí que não seja a esse nível que encontro qualquer dificuldade, nem muito menos me deteria a qualquer exercício de comparação entre o meu trabalho e o dos meus colegas. Somos uma equipa caracterizada por um espírito de grande solidariedade, com uma amizade cimentada ao longo destes anos, pelo que não faz sentido estarmos com esse tipo de análise. Além de que o nosso trabalho desenvolve-se de acordo com os condicionalismos que são próprios de cada mandato. Aliás, é uma reflexão que não vejo feita e que já algum tempo venho fazendo é que a caracterização de um mandato de um deputado eleito por uma Região Autónoma em comparação com um deputado eleito por um círculo do continente. Embora o mandato formalmente seja igual, na substância, na natureza e nas características, acaba por ser diferente: Enquanto o deputado eleito por um círculo do continente representam os anseios das populações que os elegerem e são porta-vozes junto do Governo da República, quer sejam do partido de Governo ou oposição, os deputados das Regiões Autónomas, por seu turno, estão em relação ao seus eleitores, numa relação mediata, porque entre o deputado e os eleitores há os órgãos de Governo próprio, nomeadamente o parlamento regional e os deputados regionais.
Essa dinâmica, contudo, já não lhe oferece segredos. Não é isso que o faz hesitar?
Quando hesito não é que seja indeciso, é que ainda não tenho elementos para decidir, o que é diferente.
Que elementos lhe faltam?
Não sou precipitado, sou, por natureza, uma pessoa ponderada e faço as coisas de forma reflectida. Normalmente não antecipo juízos sobre o futuro, porque o futuro a Deus pertence. Atendendo à minha maneira de ser, estou num processo de reflexão, mas não há hesitação, há a questão de ter de decidir em determinado momento sobre uma eventual candidatura de acordo com os elementos que considere relevante. Não hesitação, no sentido de esta com receio ou medo ou minimamente limitado na minha capacidade de ser deputado e posso voltar a sê-lo. Se isso vier a acontecer, exercerei o meu mandato com o mesmo empenho e dedicação como até agora.
Gostava de ver Alberto João Jardim como cabeça-de-lista?
A decisão é do próprio, mas a História diz-nos que a partir de determinada altura o dr. Alberto João Jardim tem encabeçado a lista do PSD-M às legislativas e, por conseguinte, acho que se isso voltar a acontecer é apenas o cumprimento da tradição.
Se isso acontecer, tendo em conta o quadro actual em que PSD-M e PS-M têm três deputados em Lisboa, com a entrada de uma mulher na lista, um dos actuais deputados perde lugar...
Isso já aconteceu nesta legislatura.
Hugo Velosa estava nessa posição tendo apenas assumido o mandato face à desistência de Jardim. O deputado ganhou, contudo, protagonismo nacional ao assumir a vice-presidência do grupo parlamentar do PSD. Faz sentido manter o cenário?
Não me cabe a mim responder a isso. Sempre vejo a política como algo instrumental em relação a determinados campos, mas não sou eu que tenho de ajuizar qual o interesse da Região. Posso participar ao nível dos órgãos que faço parte, mas a decisão não é exclusivamente minha e o que vier a ser decidido é o que será tomado em consideração.
Falou em união entre a equipa do PSD-M em Lisboa. A entrada de uma mulher pode desestabilizar o funcionamento?
Acho que não. Temos a expectativa legítima e, vamos lutar por ela, de eleger mais um ou dois deputados. Vamos trabalhar arduamente para que isso venha a acontecer, o que significa que a equipa passará ter quatro ou cinco elementos, mas as regras do jogo mantêm-se, em termos de solidariedade e repartição de tarefas. A actividade política não se avalia em termos de mais ou menos protagonismo.
Que mulher gostaria de ver na equipa?
Vejo muitas pessoas com perfil, competência e qualidade de carácter e inteligência para virem exercer o cargo de deputado na AR, mas não cito ninguém, porque seria injusto da minha parte fazê-lo. Nem me compete.l
È, de facto, comparativamente a Hugo Velosa e a Guilherme Silva, o deputado com uma postura mais discreta e até faz um certo apanágio disso. Qual a razão desta discrição e recatamento?
Para além de ser uma questão de feitio, também acho que se o protagonismo acontece naturalmente não é censurável, mas já tenho alguma reserva em relação ao protagonismo procurado. Não estou a falar dos meus colegas da Madeira, mas sei que na política há pessoas que procuram o protagonismo mediático. Considero isso muito negativo e que contribui, de uma maneira geral, para a imagem muito negativa que se tem dos políticos. Não gosto de espectáculo, nem da política espectáculo, sou reservado na questão de fazer política. No meu caso, a discrição decorre também da natureza das matérias sobre as quais exerço actividade. O segredo do sucesso na área da segurança e defesa é a discrição. O melhor ministro das polícias é aquele de que não se fala e o mesmo em relação à defesa, porque é sinal que as instituição de segurança funcionam com normalidade. Como se sabe a minha actividade tem-se centrado na área da defesa. Estou na Comissão de Defesa, já fui presidente, agora sou vice-presidente, estou na delegação portuguesa à Assembleia Parlamentar da NATO, sou membro do Conselho Superior de Defesa Nacional e daí que a palavra de ordem seja discrição, quando não é segredo. Aproveito para lhe referir outro ponto: Há 26 anos, se a memória não me falha, ininterruptamente represento o dr. Alberto João Jardim na Comissão Política Nacional do PSD. E, não vou apostar consigo, mas quase que ousava fazê-lo: Repare se ao longo deste tempo fiz alguma declaração pública sobre esta matéria. Penso que não. Mantenho toda a reserva sobre o que aí se passa. Há certo tipo de acção que não é para ter mediatismo, mas essa acção é avaliada por quem de direito e quem escolhe os candidatos não são os jornais, são os órgãos do partido, neste caso o PSD-M. Olho para isto com uma felicidade beatífica.
Há aí uma crítica à comunicação social?

A forma como vejo a realidade política é diferente como vêem e raciocinam, por exemplo, os jornalistas. Há um conjunto de questões que me colocou e que nem me passam pela cabeça. Aliás, depois destes anos todos, não abrandou o entusiasmo e a determinação com que faço as coisas. Antes pelo contrário, e devo lembrar que estive, nestes 29 anos, 7 no Governo da República, e o acréscimo responsabilidade aumenta o tónus para fazermos as coisas com ânimo redobrado.

É, portanto, um homem de bastidores, mas de uma importância institucional para o partido?
Por exemplo, no último Congresso fui convidado pelo presidente da Comissão Política par fazer parte da Comissão, o que nunca tinha acontecido e só pode acontecer porque quem de direito confiou em mim.
O afastamento da comunicação social, não o afasta do eleitorado?
Não, sou o deputado eleito pela Madeira que passo mais tempo na Madeira. Vou a toda a parte. A minha relação com o eleitorado é óptima, tenho sempre pessoas amigas que me abordam, alguns são meus amigos outros conhecidos. As pessoas interessam-se e perguntam-me por determinados assuntos e como é que vamos correr com o Sócrates. Estou melhor informado acerca da realidade política regional do que aquilo que as pessoas possam imaginar, mas tudo isso acontece devido a um princípio essencial em política: ‘O essencial é definir as metas e persegui-las de dia e de noite sem olhar para trás nem para o lado’. Eu defino os meus objectivos e persigo-os, com a particularidade de me ser indiferente se a comunicação social é a favor ou contra.
Qual é que é a sua meta?
Dou-lhe duas respostas: Se fosse na China estava agora a começar a minha carreira política, pois há países, onde as pessoas só atingem os mais elevados níveis da actividade política a partir dos 60 anos. O Papa Bento XVI foi eleito com 78 anos. A idade, para mim tem um significado relativo, o que conta é a alma, que pode permanecer jovem. O outro ponto é que estou no pleno exercício dos meus direitos políticos e neste momento tenho a titularidade de todos os direitos político-partidários, como militante do PSD, e tenciono exercê-los.
Em termos parlamentares, visto que estamos na recta final desta legislatura, qual é o seu objectivo?
Aprecio os heróis, mas não sou propriamente daquelas pessoas que têm nos heróis referências. Gosto muito de pessoas normais e acho que hoje em dia o que é difícil é encontrar pessoas normais. Génios e loucos temos ao virar da esquina (risos), agora pessoas normais que pensem nas coisas, que aprofundem os problemas, há poucas.
Pessoas como o Correia de Jesus?
Não, não me quero transformar em exemplo, nem paradigma de coisa nenhuma. Acho que dentro desse padrão de normalidade, gostaria de ter condições para atingir com os melhores resultados possíveis todas as tarefas de que estou incumbido. Na minha qualidade de deputado da Madeira, vou continuar, dentro da nossa divisão de tarefas, a trabalhar nas matérias que me forem confiadas. O nosso trabalho acontece todos os dias.
Está confiante numa vitória do PSD nacional nas eleições?
Em política, normalmente tenho uma opinião que diverge das outras pessoas. Sempre defendi que o Governo da República acabará em colapso, mas digo isto há quatro anos, porque conheço a personalidade do seu chefe, conheço um conjunto de características da governação socialista. Há quatro anos, toda a gente dizia que Sócrates era uma legislatura e mais uma. A generalidade das pessoas também interpreta alguns comportamentos do Presidente da República, como se ele estivesse a pensar na sua reeleição. Eu acho que não, e até admito que possa não se recandidatar. Respondendo à questão, digo que esta legislatura, em termos de PSD, tem sido um desastre, em termos de lideranças e questões internas. Temos dado de barato ao PS, condições excepcionais para nos esmagarem, mas também é verdade que o Governo tem feito tantos disparates, tem tido comportamentos tão pouco democráticos, que prevejo que o PSD vai ter mais votos. Deve lutar por obter uma maioria que lhe permita governar sozinho. Se não se conseguir isso, não excluo a hipótese de uma aliança democrática, com o CDS-PP.
È um solitário nesse objectivo?
Não tenho pressa para ter razão.
Isso dá mais força à campanha do PSD-M, que pede mais deputados para fazer pender a balança para o lado da Região?
A nossa equipa tem de ganhar independentemente dos árbitros, isto significa que a nossa equipa Madeira tem de fazer uma campanha tão incisiva e mobilizadora, que, independentemente de todos os factores, obtenhamos um resultado histórico. Podemos conseguir, pois isso tem muito a ver com a governação socialista a nível central.
É um grande crítico deste Governo?
Isso é um tema que daria outra entrevista. Estou preparado para lhe demonstrar o que tem sido este Governo em relação à Madeira, mas com factos, não com conversas de cafés ou jornais. Desde os objectivos ocultos dos socialistas em relação à Madeira...
E que objectivos são esses?
A única coisa que desde no primeiro instante preocupou o eng. José Sócrates foi tirar o dr. Alberto João Jardim do poder, nunca teve outra coisa na sua mente, nem como objectivo político. Até agora não conseguiu e prevejo que se vai verificar uma situação inversa.
Ou seja, Sócrates sai primeiro?
Exactamente. Sócrates sai não porque queira, mas porque o eleitorado correrá, entre aspas, com ele. Jardim sai da política quando quiser. Este é um primeiro ponto, porque esta governação devidamente explicada constitui um ‘handicap’ terrível para os socialistas na Madeira. Não gosto de me pronunciar sobre a vida interna dos partidos, mas o estado do PS-M, deixo essa consideração aos socialistas. Mas há um ponto que tenho de referir que é a forma como os deputados do PS-M na AR têm exercido o seu mandato. É uma questão cultural profunda: Enquanto a nossa perspectiva, PSD-M, é manifestamente autonómica, os nosso colegas do PS-M, apesar de todo o respeito e até estima pessoal que tenho por eles, estão sempre preocupados com uma óptica centralista. Por muito que expliquem, aquilo que releva é que, no momento decisivo, eles estão ao lado do PS nacional.
È mais fácil defender a autonomia quando se é oposição?
Há uma dialéctica entre o PSD nacional e regional, que se restringe às questões financeiras. O partido que sempre esteve mais avançado em relação às autonomias foi o PSD. Nas Revisões Constitucionais é o PSD que tem as iniciativas mais ousadas no pensamento autonómica e regra geral há sintonia.
Com Ferreira Leite que cultiva uma imagem de rigor financeiro, num cenário de crise, se o PSD for Governo vai alterar a Lei das Finanças Regionais?
Pior do que está a fazer o actual Governo é impensável. Pior que a nova lei, pior que as sanções impostas pelo ministro das Finanças à Madeira e que depois o Tribunal de Contas mandou retirar, pior que um preceito que proíbe ao Estado avalizar empréstimos às Regiões Autónomas, não é possível.
Antevejo que poderá haver uma alteração, mas não ao nível que o PSD-M gostaria?
Não disse isso. A Madeira apresentou recentemente uma proposta de lei, que só o PS votou contra, mas não posso elaborar sobre hipótese. Só perante uma nova maioria, novo Governo e cientes da conjuntura económica e financeira é que podemos avaliar.
O PSD-M não vai, contudo, desistir desta bandeira que considera fulcral para a Região? O PS tem acusado o PSD de bombardear a AR com propostas que não apresenta quando o partido é governo. Esta é já a legislatura com mais proposta da Madeira?
Existe um volumoso dossier de questões pendentes entre o Governo Regional e o Governo da República a que este Governo não tem dado seguimento nenhum. Como o Governo Regional não consegue, por má vontade, e autêntica surdez, do Governo da República resolver as questões no plano das relações, faz apresentar através da Assembleia.
Mais uma vez dá a entender que em causa está um ‘ódio’ pessoal...
Não, é uma questão de poder. A Madeira era então, tal como é hoje, o único bastião social-democrata. O Continente e os Açores já estavam sob a alçada socialista, daí que o primeiro-ministro tenha assumido o desígnio, que a determinada atura chamei desígnio satânico, desalojar o PSD no poder na Madeira, colocando o PS no poder, suscitando um unanimismo rosa. Todos nós conhecemos a determinação e teimosia do senhor José Sócrates e sabemos que ele não olhará a meios para chegar ao poder total. Se o dr. Jardim deixasse de ser presidente do Governo por alguma razão, o eng. Sócrates não se preocupava mais com ele, não é um ódio pessoal é um projecto político.
O facto de Sócrates não ir à Madeira não mostra alguma falha nessa tese, uma vez que há quem defenda que não tem qualquer interesse no que se passa na Região?
Não percebo o que se passa nos meios de comunicação social, pois temos um primeiro-ministro que não sabe nada de nada. È uma mente vazia de conhecimento e reflexão.
É o que critica como político-espectáculo?
È o político de plástico. Acontece que há três áreas que o primeiro-ministro nunca fala: Regiões Autónomas, Comunidades Portuguesas e as chamadas funções de Estado. Se ler os discursos, e eu já li todos, com grande sacrifício pessoal, não há uma linha sobre autonomia regional. O conhecimento sobre autonomia regional é zero, para além da má-vontade e suspeição que lança sobre os órgãos de Governo próprio. Só se lembrou da comunidade portuguesa quando visitou a Venezuela para vender o Magalhães e por causa do petróleo. Estou convencido que nem sabia que era tão vasta. Aí a comunicação social e alguns analistas tiveram muita responsabilidade pois, como se diz na Madeira, ficaram ‘encegueirados’, com Sócrates e transformaram-no numa espécie de demiurgo deste país atrasado. Isto é mais uma prova do nosso atraso, porque, na verdade, temos à frente dos nossos destinos uma pessoa que não tem dentro da cabeça os conhecimentos e a capacidade de reflexão exigíveis para a função que exerce.

Em oposição ao “plástico” de que fala, tem a autenticidade de Jardim. Trata-se de um estilo que também é muito diferente do seu. No Continente tem uma forma de estar que é bastante criticada. Estando cá e lá, acha que foi isso que o impediu de dar o salto para o panorama nacional?
Isso é um tema complexo. Há uma distinção que é importante fazer-se entre as pessoas que vêem a política através da leitura do ‘Expresso’ e as pessoas que vivem a política no dia-a-dia. Há pessoas que pensam que por ler o ‘Expresso’ sabem a política toda e não tenho dúvidas de que essas pessoas tendem a ter uma visão negativa do dr. Jardim. Mas eu que estou cá há estes anos todos e o conheço na prática, devo dizer que tenho pena que ainda não tenha surgido a oportunidade de se fazer este teste que é saber até que ponto o dr. Jardim poderia ter sucesso na política nacional. Assim, ninguém poderá dizer que tem ou não tem.
 

publicado por domaràserra às 17:46
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