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Artigo de opinião publicado na edição do JM de 21 de Março de 2018
Ao escrever este artigo não me move qualquer interesse ou ambição pessoal, apenas pretendo apresentar as razões por que considero que Rui Rio é o político indicado para desenvolver a estratégia de futuro de que Portugal precisa.
Ao contrário do que o eleitor poderia pensar, não vou invocar o facto de Rui Rio nunca ter perdido uma eleição, quer na academia, quer nas associações ou empresas a que esteve ligado, quer na política partidária ou autárquica. É de bom augúrio, mas não determina o futuro. Ocupar-me-ei apenas das vitórias e sucessos recentes, ligados à conquista da liderança do PSD e ao modo como a tem exercido.
Ganhar a liderança do PSD foi uma difícil e grande vitória. Rio teve contra si um adversário poderoso, a generalidade dos órgãos de comunicação social, incluindo comentadores e analistas políticos, a máquina do partido, no Continente, na Madeira e nos Açores, os partidos ditos de esquerda e até alguns grandes empresários que se imiscuíram na campanha contra Rio. Apesar dessa forte barragem de opositores, Rio venceu. Sempre acreditei na sua vitória, porque conhecendo o PSD profundo e a ligação de Rio às bases do partido, esse era – e foi – o resultado natural. Muitos ter-se-ão esquecido de que nas “directas” só votam os militantes do partido.
Ao contrário do que a generalidade da informação publicada fez crer, Rio ganhou o Congresso em toda a linha. Rigoroso como é, Rio tinha tudo pensado ao milímetro: prestou a justa homenagem ao líder cessante, Pedro Passos Coelho, convidou Pedro Santana Lopes para liderar a sua lista ao Conselho Nacional, viu aprovada por unanimidade a sua moção de estratégia, dedicou o discurso de abertura à reforma e revitalização do partido, como pilar estruturante do nosso espectro partidário e do próprio regime democrático, e no discurso de encerramento falou para os portugueses, elencando as linhas orientadores do seu projecto de governação. Porém, uma comunicação social, conivente com manobras de bastidor e com estratégias de desgaste da nova liderança, unicamente motivadas por objectivos tacticistas de mera ambição pessoal, fez crer que o discurso que marcou o Congresso foi o de Luís Montenegro e explorou ad nauseam incidentes relacionados com nomes ou de natureza logística.
Os críticos da nova liderança, mais analistas e comentadores políticos do que militantes do PSD, têm-se entretido em depreciar e até ridicularizar Rio pelo desacerto dos seus primeiros contactos a nível institucional e partidário, pela ordem por que foram acontecendo e pela sua substância. Agrada-me discordar de tais críticas, sublinhando a impertinência e incoerência das mesmas. Do ponto de vista protocolar, os encontros institucionais devem preceder aos encontros de índole partidária e dentro dos primeiros a ordem só poderia ter sido a que foi: primeiro, o Presidente da República, depois o Primeiro-Ministro, que sendo também o líder do partido de governo, dispensou a destrinça bizantina defendida por alguns de que Rio devia ter ido depois à sede do PS, para aí ser recebido por António Costa. A disponibilidade manifestada por Rio para o diálogo interpartidário e as matérias escolhidas pelo líder do PSD terão sido certamente as primeiras de outras que possam seguir-se. Rio mostrou, assim, ter uma concepção moderna e patriótica da política, e também social-democrata, ao colocar o interesse nacional acima dos interesses partidários. Especialmente ridículo é o esforço de alguns, que criticaram a abertura ao diálogo defendida por Rio durante a campanha, em demonstrar agora que esse ímpeto dialogador sempre existiu no tempo de Passos Coelho…
Perante um grupo parlamentar rebelde e desafiador, Rui Rio actuou como devia ter actuado. Respeitou a autonomia do grupo, deixando que os deputados escolhessem a nova direcção, apenas dando uma indicação de que veria com bons olhos a candidatura de Fernando Negrão, apesar de este ter sido apoiante de Santana Lopes. O modo como decorreu a eleição foi infelizmente um triste exemplo de quem não sabe perder e desconhece que o dever dos deputados é estarem solidários com a liderança do partido, sem o que é posta em causa a regra fundamental da disciplina de voto. Rio deixou acalmar as águas e, quando lhe pareceu adequado e oportuno, reuniu com os deputados. A este respeito, lembro aos deputados que resolveram brincar com o fogo que a história do PSD ilustra que os rebeldes, a prazo, acabam derrotados.
O modo como até agora Rio tem exercido a liderança do PSD, constitui indicador bastante de que a sua senha vencedora continuará a acompanhá-lo para bem de Portugal e também da Região Autónoma da Madeira.